Eis um interessante texto no Português do século XIX / início do XX. Para além do pitoresco da forma linguística - que talvez os detratores do acordo ortográfico gostassem de ainda hoje usar, já que são tão apegados ao tradicionalismo - o que ressalta é a diferenciação entre os vários tipos de pão. Exalta-se o "pão completo", como se chamava então.
O melhor do texto é a explicação detalhada das componentes dos vários tipos de pão. Com uma ou outra consideração errónea - como a referência ao leite como alimento completo, que evidencia que a mania de que o leite faz bem já vem de trás (confira o erro aqui) - mas em relação à natureza dos vários tipos de pão é no essencial corretissimo.
O melhor do texto é a explicação detalhada das componentes dos vários tipos de pão. Com uma ou outra consideração errónea - como a referência ao leite como alimento completo, que evidencia que a mania de que o leite faz bem já vem de trás (confira o erro aqui) - mas em relação à natureza dos vários tipos de pão é no essencial corretissimo.
Do pão completo - hoje, pão integral - diz o texto que o deveríam usar todos os que façam bastante trabalho físico e possuam um aparelho digestivo resistente, enquanto o pão rústico ou saloio ("trigueiro") é favorável a quem se dedique a esforços intelectuais e a quem seja propenso a diarreias. Infelizmente, o pão integral aparece muito adulterado pelos supermercados, que vendem uma mera falsificação com esse nome. Apenas nas lojas dietéticas se consegue obter o verdadeiro pão integral, muito mais compacto e pesado que o famigerado mas viciante pãozinho branco.
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