A respiração é uma função primordial
do corpo humano.
Podemos sobreviver semanas sem comer, dias
sem ingerir líquidos, mas apenas escassos minutos sem respirar.
O principal objetivo da
respiração é inspirar o oxigénio, levando-o ao sangue que o conduz a todas as células. Em troca, o anidrido
carbónico trazido pelo sangue, é expulso pela expiração.
Porém, segundo a antiga sabedoria hindu,
no ar não existem apenas oxigénio e outros elementos químicos. Existe algo muito importante, o prana, energia
latente no universo, que é carregada pelo ar para dentro do corpo.
Embora o conhecimento antigo não tenha uma base científica experimental, ignorá-lo ou rejeitá-lo é um erro. Recentemente, neurocientistas australianos começaram a descobrir (finalmente) os circuitos nervosos que sustentam a acupunctura, olhada até hoje com displicência pela medicina ocidental, porque supostamente não teria suporte científico.
Sem comentários.
Embora o conhecimento antigo não tenha uma base científica experimental, ignorá-lo ou rejeitá-lo é um erro. Recentemente, neurocientistas australianos começaram a descobrir (finalmente) os circuitos nervosos que sustentam a acupunctura, olhada até hoje com displicência pela medicina ocidental, porque supostamente não teria suporte científico.
Sem comentários.
Para qualquer pessoa é importante uma boa respiração, feita de modo profundo, prolongado e purificador.
Eis algumas regras básicas para melhorar a respiração, tendo por base tanto o conhecimento ocidental do corpo, como a tradição oriental.
Regra 1 – Respire pelo nariz, não pela boca
Ao atravessar as fossas nasais, além de adquirir a temperatura do corpo pelo contacto com as paredes das fossas nasais, o ar é filtrado das impurezas por sinuosos canais e inúmeros pelos ali existentes. Assim, é reduzida ao mínimo a agressão aos bronquíolos e alvéolos pulmonares que o ar carregado de impurezas provocaria.
Regra 2 – Faça respiração profunda ou ventral o mais possível
Os pulmões humanos parecem-se com um fole, no sentido que podem encher e esvaziar, repetidamente. Possuem para isso extensos tecidos que se dobram sobre si próprios. Se fosse possível abrir os ínfimos alvéolos pulmonares e estendê-los numa superfície plana, a sua área total seria de 4.000 m2.
Os hábitos modernos de vida sedentária e
stressante fizeram com que a generalidade das pessoas deixasse de usar a
maioria da superfície pulmonar e use apenas 1/3 dela através
da respiração superficial, que enche a parte superior dos pulmões e mesmo, somente, metade desta.
Para reeducar a respiração, há que fazer uma respiração profunda ou ventral, em que o ar é levado
até à parte inferior dos pulmões. Para isso, ao inspirar, empurramos automaticamente o
diafragma (músculo que separa o tórax do abdómen) um pouco para baixo.
Com alguns exercícios simples, abaixo descritos, podemos
conseguir usar ainda os restantes 2/3 dos pulmões e fazer uma respiração
completa, que consiste no conjunto das respirações ventral, média e superior.
Regra 3 – Concentre-se por alguns minutos do dia na sua respiração, tentando imaginar um fluxo de energia vindo do alto ou em torno de si, e que entre através do ar para os seus pulmões.
Para começar, imagine um fluxo vertical que lhe entra pela cabeça e passa pelo corpo, saindo finalmente pela parte inferior do corpo para a terra, onde despeja os resíduos energéticos negativos.
Esse é um exercício de limpeza energética que pode ser feito diariamente, ou várias vezes ao dia, sobretudo depois contactar com pessoas e situações muito negativas.
Numa fase posterior, quando tiver mais experiência, pode imaginar
a entrada de energia juntamente com o ar.
Quando dominar melhor esses fluxos pode proceder ao carregamento energético através dos chacras, convindo para isso ser iniciado(a) por um mestre - para o que basta um simples workshop com a duração de um dia.
Também se pode proteger de agressões energéticas previsíveis criando um invólucro imaginário de luz que desce dum nível superior (em várias tonalidades - lilás, azul, dourado, branco) e formando sucessivas camadas sobrepostas ao seu redor, formando um "ovo" protector.
EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS
Repare que quando o médico o(a)
manda respirar para auscultação, você tem tendência a encher apenas a parte
superior do peito, para o que movimenta as costelas de cima.
Essa é a respiração alta, aquela que erroneamente quase todos fazem. Requer muito esforço e dá um fraco retorno em energia. Mas como é a mais simples, as pessoas adquirem esse vício respiratório.
Mas muitas vezes o médico pede para “respirar mais fundo”. Então você faz um esforço e move também as costelas inferiores, incluindo as flutuantes, as mais baixas no tórax. Aí, já está a fazer a respiração média.
Mas se se concentrar logo na fase inicial da inspiração em “puxar” o ar para a zona mais baixa do tórax (junto à boca do estómago), vai sentir o diafragma mover-se um pouco para baixo, pressionando a barriga. Para melhor o fazer, tente encolher o ventre ao inspirar. Então estará a fazer essa respiração ventral ou profunda que se pretende.
O 1º exercício que proponho é que faça as três respirações em
sequência contínua, para realizar uma respiração
completa.
É relativamente simples:
Fique preferencialmente de pé, em posição erecta, e
- comece pela respiração ventral, enchendo de ar a parte inferior do tórax, junto à barriga
- depois passe a encher a parte média (costelas flutuantes)
- finalmente, faça um último esforço e encha a parte superior dos pulmões
- comece pela respiração ventral, enchendo de ar a parte inferior do tórax, junto à barriga
- depois passe a encher a parte média (costelas flutuantes)
- finalmente, faça um último esforço e encha a parte superior dos pulmões
Comece por fazê-lo lentamente, com movimentos conscientes. Mas com a repetição, verá que faz tudo em sequência
automática e acaba por nem notar a passagem dum nível para o outro.
Deve reter o ar por alguns segundos nos pulmões, entre a inspiração e a expiração. Esta deve ser mais prolongada que a inspiração, de modo a esvaziar completamente os pulmões, o que vai facilitar a inspiração profunda seguinte.
Deve sempre inspirar e expirar pelo
nariz, exceto em alguns exercícios (exemplificados a seguir) em que a
expiração é feita pela boca.
Se tiver dificuldades devido a nariz
entupido, use um descongestionante como a água destilada e salgada. Pode comprá-lo numa farmácia ou supermercado sob a forma de soro fisiológico, ou fazê-la em casa, apenas fervendo poucos centilitros de água mineral (a da torneira tem cloro que é venenoso), com algum sal. É preferível usar um inalador próprio para entrar no nariz, que convém limpar entre cada inalação, para evitar propagação de bactérias.
Também pode descongestionar o nariz massajando com força com um dedo a zona abaixo e junto ao vértice exterior de cada narina. Concentre energia mental no nariz ao respirar - também ajuda.
2º Exercício – Respiração purificadora iogue
Serve para limpar e ventilar de
forma particular os pulmões, tonificando os órgãos respiratórios e mantendo-os
em boa saúde. Mas revigora também o organismo em geral, permitindo a quem está
fatigado readquirir energia.
1. De pé (preferencialmente) Inale uma respiração completa (dos três níveis respiratórios)
2. Retenha o ar
por segundos
3. Com os lábios
em posição de assobiar, sem encher as bochechas, exale vigorosamente um pouco de ar pela abertura entre os lábios. Pare,
exale novamente um pouco mais. E assim sucessivamente várias vezes até esvaziar
por completo os pulmões.
4. Repita o exercício bastantes vezes.
3º exercício – Respiração iogue revitalizadora
dos nervos
Serve para estimular e
revitalizar o sistema nervoso.
1. De pé, em
posição erecta, faça uma inspiração completa e prenda o ar.
2. Estenda os
braços para a frente, mas deixando-os relaxados.
3. Encolha os
braços e feche os punhos, tentando tocar com os nós dos dedos no ombro, para o
que tem que fazer bastante esforço muscular. Repita esta distensão e retração
dos braços várias vezes, sempre retendo a respiração.
4. Volte à
posição 2., dos braços para a frente e exale o ar vigorosamente pela boca.
Este exercício é para repetir
várias vezes, sempre fazendo a respiração completa iogue e bastante força com
os músculos dos braços. Não é grave se não conseguir tocar bem com os nós dos
dedos nos ombros, o essencial é que repita e faça força, retendo a respiração
nesses segundos.
4º exercício – Estímulo dos alvéolos pulmonares
É um exercício mais para os já iniciados, Mas os principiantes podem tentá-lo, desde que não o façam com demasiado vigor. Se sentir tonturas, interrompa e caminhe um pouco.
1. Em pé, corpo erecto e braços caídos.
2. Inale lenta e
gradualmente uma respiração completa.
3. Enquanto
inala, vá tamborilando com as pontas dos dedos no peito, em várias zonas, começando em baixo junto à boca do estómago, subindo progressivamente e tentando tocar no máximo de superfície do tórax.
4. Quando os
pulmões estiverem cheios, prenda a respiração e bata no peito com as palmas das
mãos.
5. Respire livremente.
Repita o exercício várias vezes.
É um exercício bom para
revitalizar os pulmões e os diferentes órgãos do corpo, em geral.
5º exercício – Estimulação cerebral
1. Sentado em
postura erecta, mãos sobre as coxas.
2. Respire
ritmicamente, tapando sucessivamente uma narina de cada lado, do seguinte modo:
3. Tape a narina
esquerda com o polegar e inale pela direita
4. Tape a narina
direita com o indicador, e exale pela esquerda.
5. Mantenha o
indicador na direita, e inale pela esquerda.
6. Vá trocando
alternadamente entre as duas narinas os dedos e as exalações e inalações conforme atrás indicado.
Há muitos outros exercícios respiratórios,
mas por ora deixo-vos com estes. São boas ferramentas para a manutenção
dum equilíbrio energético e qualidade de vida.
Recorda-se que a respiração,
embora básica e essencial como referido, é apenas uma das funções do corpo
humano.
Para uma vida saudável, é
necessário o exercício regular compreendendo uma atividade
física que movimente as articulações, os músculos e demais órgãos e estimule o aparelho circulatório.
Fundamental também é uma alimentação saudável de base vegetal, que junte equilibradamente uma componente de vitaminas e sais minerais (à base de frutas e vegetais coloridos, crus ou cozidos), proteica (leguminosas, feijão, grão, algas, ovos, peixe ou carne, estes últimos em dias muito espaçados ao longo do mês) e de hidratos de carbono (arroz, pão, milho, batata, mandioca, inhame, orgânicos e integrais, nomeadamente o arroz e o pão; não compre pão é padarias e supermercados, mesmo que digam que é integral, é falso - o pão integral é sempre bastante espesso e compacto; por via de dúvida o melhor é eliminar simplesmente o pão).
Fundamental também é uma alimentação saudável de base vegetal, que junte equilibradamente uma componente de vitaminas e sais minerais (à base de frutas e vegetais coloridos, crus ou cozidos), proteica (leguminosas, feijão, grão, algas, ovos, peixe ou carne, estes últimos em dias muito espaçados ao longo do mês) e de hidratos de carbono (arroz, pão, milho, batata, mandioca, inhame, orgânicos e integrais, nomeadamente o arroz e o pão; não compre pão é padarias e supermercados, mesmo que digam que é integral, é falso - o pão integral é sempre bastante espesso e compacto; por via de dúvida o melhor é eliminar simplesmente o pão).
A coerência e integridade da vida, entre o que se mostra ser e o que se é de facto, entre o que se diz e o
que se faz, é um caminho importante para criar resistências mentais e físicas.
Ao contrário do preconizado por muitas filosofias "espiritualistas", Zen, orientalistas, religiosas, etc., não é verdade que devamos desistir de intervir contra as injustiças sociais e as agressões ambientais - que hoje são completamente sistémicas, atingiram um ponto de quase não-retorno, e sómente duma forma sistémica e com lutas organizadas que pressionem quem tem o poder, podem ser revertidas.
Segundo tais filosofias, infelizmente praticadas por muitos iogues, crentes religiosos, ocultistas, cabalistas, algumas artes marciais, etc., devemos aceitar "tudo que vem, porque é a natureza e Deus a manifestarem-se para nosso bem" - esse é um pensamento muito errado, pesem as boas ou más intenções de cada um, e objectivamente conivente com as agressões e injustiças que ocorrem nas nossas sociedades e no planeta.
Claro que se você lutar contra o que está errado socialmente, vai receber golpes por parte dos autores das agressões, porque eles têm seus interesses a defender.
Mas você deve energética e espiritualmente criar resistências e comportar-se como "guerreiro do Bem", criar em si uma armadura moral e energética, sabendo que sofrerá golpes por defender uma causa justa.
Sempre ao longo da História humana alguns mais lúcidos e corajosos tiveram que se colocar na primeira fila da luta contra o Mal.
Defender ideologias contemplativas, de passividade e colaboracionismo com o Mal é colocar-se do seu lado e contra o Bem, sejam quais forem as auto-justificações e vestes mistificadoras com que cada um se revista.
Ao contrário do preconizado por muitas filosofias "espiritualistas", Zen, orientalistas, religiosas, etc., não é verdade que devamos desistir de intervir contra as injustiças sociais e as agressões ambientais - que hoje são completamente sistémicas, atingiram um ponto de quase não-retorno, e sómente duma forma sistémica e com lutas organizadas que pressionem quem tem o poder, podem ser revertidas.
Segundo tais filosofias, infelizmente praticadas por muitos iogues, crentes religiosos, ocultistas, cabalistas, algumas artes marciais, etc., devemos aceitar "tudo que vem, porque é a natureza e Deus a manifestarem-se para nosso bem" - esse é um pensamento muito errado, pesem as boas ou más intenções de cada um, e objectivamente conivente com as agressões e injustiças que ocorrem nas nossas sociedades e no planeta.
Claro que se você lutar contra o que está errado socialmente, vai receber golpes por parte dos autores das agressões, porque eles têm seus interesses a defender.
Mas você deve energética e espiritualmente criar resistências e comportar-se como "guerreiro do Bem", criar em si uma armadura moral e energética, sabendo que sofrerá golpes por defender uma causa justa.
Sempre ao longo da História humana alguns mais lúcidos e corajosos tiveram que se colocar na primeira fila da luta contra o Mal.
Defender ideologias contemplativas, de passividade e colaboracionismo com o Mal é colocar-se do seu lado e contra o Bem, sejam quais forem as auto-justificações e vestes mistificadoras com que cada um se revista.
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