quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A verdade da indústria da alimentação

Eis um video com a investigação jornalística sobre as ilusões impingidas pela indústria de alimentação e o que se esconde por detrás.

Nos EUA apenas umas quatro grandes empresas dominam todo o mercado dos alimentos, cuja produção é feita não em simpáticas quintas com animais pastando erva fresca, como nos é passado em imagens altamente enganosas, mas sim em estábulos com os animais encarcerados,  produção mecanizada e alimentação forçada que inclui antibióticos em doses maciças para combater as doenças provocadas pelo próprio modo como os animais são criados nesta indústria global.

Um dos aspectos ocultados é o efeito altamente poluente das pecuárias e da agroindústria, quer porque os animais emitem quantidades maciças de poluição do ar e da água, seja diretamente, seja porque comendo sobretudo soja e cereais, estas fazem enorme consumo de água, solo e floresta, cada vez mais desmatada para criar soja e gado.

Pode ver um extenso mas excelente vídeo sobre o tema, em Inglês legendado em Português AQUI

Ou clicar na imagem a seguir para ver um outro ótimo vídeo, apenas útil se dominar o Francês, pois não é legendado.

https://www.youtube.com/watch?v=oaJoPK4qNxY
  Vídeo (em Francês)

ENGORDA FORÇADA CAUSA DOENÇAS ANIMAIS

Resumo das ideias contidas nos vídeos:
Animais herbívoros, como a vaca, são sujeitos a uma monoalimentação barata. A base é a farinha de milho ou de soja transgénicos enriquecidos com diversos produtos, podendo incluir peixe de refugo e outros resíduos animais.

Esta alimentação, uma deficiente higiene e o stress do animal confinado e isolado da natureza, estimulam novas estirpes de bacilos porque o organismo perde imunidade.

Tais bacilos são combatidos pela indústria com medicamentos específicos em grandes doses. cavalares. Até que aparece um novo bacilo, combatido com novos antibióticos. É um ciclo vicioso. E esta "higienização" não impede que um único animal contaminado possa propagar bacilos a lotes inteiros de carne embalada, pois a matéria prima é misturada em grandes recipientes após o abate e o corte, seguindo para processamento ininterrupto nas linhas de produção.

O mesmo se passa com os frangos de aviário/granja  ou com os peixes em aquacultura, que são igualmente sujeitos à engorda forçada.

CONDIÇÕES DEGRADANTES

Hoje produz-se em 40 dias um animal de peso 3 ou 4 vezes superior ao que levava  longos 6 meses a criar na natureza. Os animais são amontoados em espaços fechados, quase sem luz, e mal circulam, no meio das próprias fezes, em condições idênticas às referidas para as vacas. Em certa fase do crescimento, os frangos são tão pesados que nem conseguem manter-se de pé (literalmente). Tudo é feito para maximizar os lucros, custe o que custar.

Quando sofremos uma intoxicação alimentar após almoçar peixe ou carne processados, nem imaginamos que a causa veio dentro daquela embalagem "bonitinha" e "higiénica".

E tudo isto legalissimo, porque as leis e os órgãos de fiscalização são compostos pelos lóbistas anteriormente contratados pela própria indústria, que mantém uma pressão constante sobre os governosUma situação em que a ética e a transparência não podem existir, porque se existissem, provavelmente muita gente na indústria e na política já estava presa!

DETALHES DA PRODUÇÃO

Os pequenos produtores individuais são aliciados com promessas de lucro rápido pela indústria alimentar. Mas rapidamente caem numa teia de dependências. Os contratos que os obrigam a assinar à partida exigem uma constante "modernização" e a obediência estrita às normas da indústria. Os equipamentos são vendidos pela indústria, o que obriga o agricultor a contrair um pesado empréstimo. Se ele denunciar algo publicamente ou se infringir qualquer norma, é expulso e levado a pagar a dívida em tribunal.

O trabalho dos operários, esse, é completamente repetitivo e degradante, originando frequentes feridas nas mãos ao mexer em carnes, vísceras e dejectos infectados por bacilos. Por isso, quem aceita tais trabalhos são emigrantes que vivem debaixo do medo, não discutem, nem reclamam.
Só visto!
EFEITOS CATASTRÓFICOS NA SAÚDE HUMANA

Assim, estes cartéis industriais, concentrados em três ou quatro grupos gigantes, dominam a produção dum grande país e mesmo do mundo inteiro, e conseguem custos baixissimos. Nenhum produtor independente e orgânico pode competir no preço. É por isso que uma sanduíche de hamburguer fast food fica por 1 dólar, enquanto uma simples peça de fruta pode custar o dobro nos EUA.

Os resultados para a saúde humana são devastadores e atingem sobretudo as pessoas mais pobres, que não têm dinheiro nem educação para se alimentarem de forma correta. Acabam por contrair diabetes e obesidade, que hoje são uma verdadeira epidemia nos EUA (e em muitos outros países), atingindo camadas crescentemente mais jovens. Um em cada 3 a 5 adultos sofrerá de diabetes nos EUA em breve, e nas camadas pobres esse número atingirá os 50%!

Caminhamos para um futuro de alienação, dependência e doença em círculo vicioso, nestas "economias de mercado", onde os maus hábitos alimentares vão a par da estupidificação das consciências anestesiadas por doses maciças de futebol, música pastilhada e telenovelas artificias servidas constantemente pelos canais de TV a populações alienadas.



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